quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Etileno e auxina- a fisiologia vegetal na sua casa


Olá pessoal. Hoje o nosso tema é sobre hormônios vegetais. A auxina e o etileno são hormônios muito próximos do nosso dia-a-dia. A auxina participa do processo da poda e o etileno no amadurecimento de frutas.

Veja como cada um funciona:

ETILENO
 O etileno, também conhecido como “hormônio do amadurecimento”, é o único regulador vegetal gasoso, que apresenta atividade biológica em concentrações bastante reduzidas.

            Além do controle do amadurecimento das frutas, o etileno provoca alterações de sexo em flores de cucurbitáceas; promoção da floração em abacaxi; dormência de sementes, gemas, esporos, pólen, expansão de órgãos, epinastia, senescência de folhas e flores, abscisão, entre outros.
            O etileno é produzido por todas as partes da planta, em quantidades variáveis com o tecido e com o estádio de desenvolvimento. Tais quantidades podem ser aumentadas por ferimentos, durante a senescência e a abscisão de tecidos foliares e florais. 
            O etileno é sintetizado no vacúolo e a sua movimentação pode se dar por difusão na fase gasosa dos espaços intercelulares dos tecidos ou através do floema e do xilema.
Fig 1. frutas


Em casa, muitas vezes mantemos as frutas dentro dos sacos plástico ou enroladas em jornais, estas são práticas que diminuem a vida útil da sua fruta. Muitas vezes por desconhecermos a ação deste hormônio, tomamos decisões domésticas erradas e saímos no prejuízo.


Figura 2. Amadurecimento da fruta do frasco A com etileno (esquerda) e amadurecimento da fruta do frasco B sem etileno (http://estimulandoanatureza.blogspot.com.br/2011/05/efeito-do-etileno-na-maturacao-dos.html)

AUXINA
Dependendo de sua concentração, as auxinas podem ter diversos efeitos sobre a planta. Ela pode provocar o crescimento do caule, das folhas, das flores, das raízes e dos frutos, como também a abscisão foliar, a dominância apical, a formação de flores femininas, a partenocarpia, entre outras atividades.

 Auxina e a poda
A auxina, quando em altas concentrações no ápice das plantas, inibe o crescimento das gemas laterais, em um fenômeno chamado de dominância apical. Ao retirarmos as gemas apicais, observamos que as gemas laterais saem do estado de dormência, dando origem a novos ramos, flores e frutos. É a partir disso que surgiu a poda das plantas, que consiste no ato de se retirar as gemas apicais para o desenvolvimento das gemas laterais.
A importância da poda varia com a espécie, assim para uma ela é decisiva, enquanto que, para outra, ela é praticamente dispensável. Com relação à importância da poda, as espécies podem ser agrupadas da seguinte maneira:
            a) Decisiva - Videira, pessegueiro, figueira.
            b) Relativa - Pereira, macieira, caquizeiro.
            c) Pouca importância - Citros, abacateiro, nogueira-pecan.

fig 3. poda

As auxinas são responsáveis pela formação de raízes adventícias; estimulam o ovário da planta para que se forme o fruto; e inibem as gemas laterais das plantas (dominância apical). Sobre estas últimas, é válido salientar que, ao podar tais regiões, a ausência ou diminuição das auxinas decorrente deste ato promove o crescimento destas - e é baseado em tal princípio que as podas são recomendadas como forma de promover o crescimento da planta.

etileno e auxina
Outra característica do etileno é a participação na abscisão das folhas, juntamente com as auxinas. A concentração das auxinas nas folhas de plantas diminui no outono, induzindo modificações na chamada zona de abscisão, que passa a produzir etileno. O etileno enfraquece as células a tal ponto que o peso da folha é suficiente para romper sua ligação com o caule, assim a folha se destaca e cai. 

Sugestões para sua aula:
Experimento prático: compare a velocidade do amadurecimento de frutas dentro de sacos plásticos e enroladas em jornais, com frutas sem embalagens.

Bibliografia utilizada:
espero que gostem!

Abração,


Amanda

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